Aula 2
Exemplos de Redação
Castigo ou educação (nota 0,0)
O castigo físico vêm [vem] se tornando mais comum nas conversas entre crianças e adolescentes, mas com o novo projeto de lei que proibe [proíbe] o castigo físico à [a] crianças e adolescentes, o cenário irá mudar completamente.
Castigar para educar? Será se [que] realmente é preciso que os pais tomem esse tipo de ação [atitude] ? Como a maioria da população é contra à [a] nova lei, dá para perceber que o cenário continuará o mesmo.
A educação é algo muito importante para o desenvolvimento de nosso país, por conta disso que esta lei vêm [vem] sendo implantada, o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, disse que o alvo principal do projeto não é o "beliscão ou a palmadinha", mas casos como de Isabela Nardoni, menina que morreu após cair de um prédio em São Paulo e cujos pais foram condenados pelo crime. O Presidente falou logo depois e discordou de Vannuchi, "O Paulinho falou duas vezes em beliscão, mas beliscão dói prá cacete" . Medidas ainda estão sendo tomadas para que a educação de nosso país não fique em um nivel [nível] precário, por isso a lei também vale para qualquer tipo de pessoa.
Entretanto a sociedade deve apoiar a lei pensando em um ensino melhor para nosso país, sendo assim chegamos ao nivel de educação de primeiro mundo.
Castigar para educar? Será se [que] realmente é preciso que os pais tomem esse tipo de ação [atitude] ? Como a maioria da população é contra à [a] nova lei, dá para perceber que o cenário continuará o mesmo.
A educação é algo muito importante para o desenvolvimento de nosso país, por conta disso que esta lei vêm [vem] sendo implantada, o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, disse que o alvo principal do projeto não é o "beliscão ou a palmadinha", mas casos como de Isabela Nardoni, menina que morreu após cair de um prédio em São Paulo e cujos pais foram condenados pelo crime. O Presidente falou logo depois e discordou de Vannuchi, "O Paulinho falou duas vezes em beliscão, mas beliscão dói prá cacete" . Medidas ainda estão sendo tomadas para que a educação de nosso país não fique em um nivel [nível] precário, por isso a lei também vale para qualquer tipo de pessoa.
Entretanto a sociedade deve apoiar a lei pensando em um ensino melhor para nosso país, sendo assim chegamos ao nivel de educação de primeiro mundo.
Comentário geral
Apesar de citar dados relacionados ao tema, o autor não desenvolve a proposta, já que faltam informações claras e completas capazes de lhe garantir unidade e coerência. Há muitas falhas na construção dos períodos e, principalmente, na organização lógica.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) além da repetição inadequada (crianças e adolescentes duas vezes na mesma frase), o parágrafo traz uma informação confusa e mal relacionada ao tema: por que o castigo é comum nas conversas de crianças? Não seria na vida delas?; b) o "a" da expressão "a crianças e adolescentes" é apenas uma preposição, portanto não há crase.
2) Segundo parágrafo: não há ligação lógica entre as frases do parágrafo, as quais, por estarem incompletas, também não são informativas.
3) Terceiro parágrafo: a) Informações confusas: quando e onde as autoridades citadas fizeram tais declarações? Sem esses dados, as falas ficam sem sentido, vulgares e fora de contexto; b) se o texto afirma que a menina (Nardoni) "caiu", em vez de ser jogada, do prédio, a condenação dos pais (na verdade do pai e da madrasta) não faz sentido. Informação imprecisa; c) além dos menores brasileiros, não fica claro quem o autor do texto quer incluir na lei com a afirmação: "a lei também vale para qualquer tipo de pessoa".
4) Quarto parágrafo: a lei faz referência à educação familiar e não à educação escolar, como aparece na conclusão.
2) Segundo parágrafo: não há ligação lógica entre as frases do parágrafo, as quais, por estarem incompletas, também não são informativas.
3) Terceiro parágrafo: a) Informações confusas: quando e onde as autoridades citadas fizeram tais declarações? Sem esses dados, as falas ficam sem sentido, vulgares e fora de contexto; b) se o texto afirma que a menina (Nardoni) "caiu", em vez de ser jogada, do prédio, a condenação dos pais (na verdade do pai e da madrasta) não faz sentido. Informação imprecisa; c) além dos menores brasileiros, não fica claro quem o autor do texto quer incluir na lei com a afirmação: "a lei também vale para qualquer tipo de pessoa".
4) Quarto parágrafo: a lei faz referência à educação familiar e não à educação escolar, como aparece na conclusão.
Uma lei punitiva não é capaz de acabar com a punição [...] nota 9,5
"O homem nasce livre, e por todos os lados é posto a ferros". A frase de Rousseau, um dos líderes da Revolução Francesa, expressa um dos pilares da ideologia desta [dessa] revolução - a ânsia por liberdade. Porém, após chegar ao poder, a burguesia, que acabou com formas de opressão e de repressão da sociedade feudal, instaurou um Estado que tem seus próprios meios de repressão.
Por todos os lados, o homem continua sendo "posto a ferros", e esta [essa] repressão começa já dentro de casa, na educação fornecida pela família. Em nome de "educar" os filhos, muitas vezes os pais vêm [veem] a necessidade de obrigar ou de proibir as crianças de fazerem coisas para as quais não encontram argumentos, e acabam recorrendo a medidas coercitivas - os chamados castigos, que podem ser morais ou físicos.
Embora sejam a própria sociedade e suas exigências que levam a este [esse] comportamento, hipocritamente o Estado tem um discurso contrário aos eventuais abusos cometidos pelos pais, chegando a prever em suas leis a punição para estes [esses] abusos. Na esteira da repercussão do caso Nardoni, surgiu no Brasil a polêmica proposta de lei que pode punir até mesmo palmadas que sejam dadas pelos pais em seus filhos.
Os pais ficam proibidos de punir os filhos fisicamente, e caso o façam podem ser... punidos fisicamente - com a perda de sua liberdade realizada de maneira violenta, através da prisão. Que tipo de lição pode ser tirada disto [disso]? Se é errado punir de maneira abusiva, se os pais devem conseguir outras maneiras de educar seus filhos, por que o Estado deve "educá-los" por meio da punição?
A própria proposta de uma lei como esta [Essa própria proposta de lei] revela as contradições profundas que fazem com que o problema da violência de pais contra filhos não possa ser resolvido simplesmente por uma lei. Em uma sociedade tão repressiva, que pune até mesmo a repressão com mais repressão, como um indivíduo pode ser criado livre, sem por todos os lados ser posto a ferros?
Por todos os lados, o homem continua sendo "posto a ferros", e esta [essa] repressão começa já dentro de casa, na educação fornecida pela família. Em nome de "educar" os filhos, muitas vezes os pais vêm [veem] a necessidade de obrigar ou de proibir as crianças de fazerem coisas para as quais não encontram argumentos, e acabam recorrendo a medidas coercitivas - os chamados castigos, que podem ser morais ou físicos.
Embora sejam a própria sociedade e suas exigências que levam a este [esse] comportamento, hipocritamente o Estado tem um discurso contrário aos eventuais abusos cometidos pelos pais, chegando a prever em suas leis a punição para estes [esses] abusos. Na esteira da repercussão do caso Nardoni, surgiu no Brasil a polêmica proposta de lei que pode punir até mesmo palmadas que sejam dadas pelos pais em seus filhos.
Os pais ficam proibidos de punir os filhos fisicamente, e caso o façam podem ser... punidos fisicamente - com a perda de sua liberdade realizada de maneira violenta, através da prisão. Que tipo de lição pode ser tirada disto [disso]? Se é errado punir de maneira abusiva, se os pais devem conseguir outras maneiras de educar seus filhos, por que o Estado deve "educá-los" por meio da punição?
A própria proposta de uma lei como esta [Essa própria proposta de lei] revela as contradições profundas que fazem com que o problema da violência de pais contra filhos não possa ser resolvido simplesmente por uma lei. Em uma sociedade tão repressiva, que pune até mesmo a repressão com mais repressão, como um indivíduo pode ser criado livre, sem por todos os lados ser posto a ferros?
Comentário geral:
A redação é boa e só não recebe a nota máxima por questões pontuais. Evidentemente, o autor tem uma série de posições que podem ser debatidas e não é necessário se concordar com ele. De qualquer modo, ele sabe expor seu ponto de vista, bem como analisar o problema de acordo com a sua visão de mundo.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: A citação correta é "O homem nasce livre, e em toda a parte é posto a ferros". Rousseau, que morreu onze anos antes do início da Revolução Francesa, não pôde ser um de seus líderes. Quando muito, suas ideias serviram de base às ideias dos revolucionários.
2) Segundo parágrafo: aqui a afirmação se baseia num argumento discutível: a de que os pais só recorrem à palmada quando não têm argumentos. Eles podem ter argumentos, mas notar suas ponderações não serem respeitadas, por exemplo. Ou seja, a questão é mais complexa do que a exposta pelo autor aqui.
3) Terceiro parágrafo: o correto seria dizer "numa lei" (a lei em questão) e não "em suas leis".
2) Segundo parágrafo: aqui a afirmação se baseia num argumento discutível: a de que os pais só recorrem à palmada quando não têm argumentos. Eles podem ter argumentos, mas notar suas ponderações não serem respeitadas, por exemplo. Ou seja, a questão é mais complexa do que a exposta pelo autor aqui.
3) Terceiro parágrafo: o correto seria dizer "numa lei" (a lei em questão) e não "em suas leis".
A palmada que educa nota 5,5
Um projeto de lei aprovado recentemente pelo governo federal vem dividindo opiniões nas últimas semanas. A proposta proíbe tapinhas, chineladas, palmadas ou qualquer castigo físico praticado pelos pais sobre seus filhos.
Creio que a nova lei tira dos pais algo imprescindível na formação de cidadãos responsáveis: a autoridade. A palmada mostra para a criança o lado certo e o errado das suas escolhas, é um sinal corretivo que, se for aplicada [aplicado] com bom-senso, colabora para a sua boa formação tanto [boa formação do indivíduo, tanto no aspecto] educacional como de caráter.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Folha detectou que 54% dos brasileiros são contrários à lei. Pensamos que cada [Cada] pai ou mãe tem o direito de educar seu filho da maneira que considerar necessária, não descartando o diálogo, os bons exemplos e o respeito como práticas pedagógicas, mas sabendo impor limites na medida certa.
É importante ressaltar que em nenhum momento, mesmo com a oposição de muitas pessoas à referida lei, as mesmas incentivam [deve-se incentivar] a violência dentro dos lares. Creio que a palmada não tem o intuito de machucar e pode até ser considerada um ato de amor, pensando certamente no futuro, já espancamento é outra situação que deve e precisa sim ser punida.
Por fim, acredito que o governo deveria dar prioridade para áreas como a saúde pública, a educação, a criminalidade e não 'demitir' os pais dos 'cargos' mais importantes de suas vidas, a paternidade. Em sua grande maioria, os pais brasileiros conduzem com excelência o compromisso de criar jovens preparados para a vida, sendo melhor levarem algumas palmadinhas na infância para evitarem erros maiores quando adultos.
Creio que a nova lei tira dos pais algo imprescindível na formação de cidadãos responsáveis: a autoridade. A palmada mostra para a criança o lado certo e o errado das suas escolhas, é um sinal corretivo que, se for aplicada [aplicado] com bom-senso, colabora para a sua boa formação tanto [boa formação do indivíduo, tanto no aspecto] educacional como de caráter.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Folha detectou que 54% dos brasileiros são contrários à lei. Pensamos que cada [Cada] pai ou mãe tem o direito de educar seu filho da maneira que considerar necessária, não descartando o diálogo, os bons exemplos e o respeito como práticas pedagógicas, mas sabendo impor limites na medida certa.
É importante ressaltar que em nenhum momento, mesmo com a oposição de muitas pessoas à referida lei, as mesmas incentivam [deve-se incentivar] a violência dentro dos lares. Creio que a palmada não tem o intuito de machucar e pode até ser considerada um ato de amor, pensando certamente no futuro, já espancamento é outra situação que deve e precisa sim ser punida.
Por fim, acredito que o governo deveria dar prioridade para áreas como a saúde pública, a educação, a criminalidade e não 'demitir' os pais dos 'cargos' mais importantes de suas vidas, a paternidade. Em sua grande maioria, os pais brasileiros conduzem com excelência o compromisso de criar jovens preparados para a vida, sendo melhor levarem algumas palmadinhas na infância para evitarem erros maiores quando adultos.
Comentário geral
O texto opõe-se à lei de modo coerente, embora com superficialidade, já que a única prova concreta é uma pesquisa. O autor participa do texto, o que não é aconselhável em dissertações, pois isso torna os comentários subjetivos, enfraquecidos.
Aspectos pontuais
1) Terceiro parágrafo: a) não é adequado usar "nós" no parágrafo, pois a opinião é do autor do texto e não dos brasileiros ouvidos pela pesquisa; b) se considerarmos que a proposta do texto é defender a palmada como método educativo eficiente, isso deve ser feito de modo explícito e não com eufemismos, como ocorreu na última frase desse parágrafo, que defende "a imposição de limites na medida certa".2) Quarto parágrafo: como é possível garantir que não haja, no grupo contrário à lei, pessoas incentivadoras (e talvez também praticantes) da violência dentro de casa? A generalização leva à falha, enfraquecendo a análise.
3) Quinto parágrafo: há problema de duplo sentido na oração "sendo melhor levarem algumas palmadinhas...", pois, como o sujeito do verbo não aparece, subentende-se ser o mesmo da oração anterior "os pais brasileiros conduzem...", ou seja, parece que os pais é que devem levar as palmadinhas! O trecho precisa de reformulação.
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